quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fé.

Hoje, vergonhosamente, falo que me afastei do primeiro amor de minha vida. Quando me converti, estava empolgado e quase que impunha aquilo que recebia tamanha a euforia pela graça recebida. Não era por maldade, mas reconheço que magoei minha mãe em alguns desses momentos.

Com o tempo eu fui ganhando um coração mais manso e mais sábio e hoje, a pesar da distancia, ainda sei da importância de se respeitar a opinião do próximo, ainda que eu a tenha por errônea. A diferença é que hoje eu me vejo com a provável sensação que minha mãe tinha quando debatia comigo estes fatos. Não por achar que minhas opiniões estão erradas, mas por estar fora do contexto que tenho por certo.

E é certo: naquela época em que eu pagava um alto preço pela minha fé, eu comia das mãos do Pai de tudo aquilo que é bom, proveitoso e, sobre tudo, prazeroso. Hoje, fazendo economia de fé, como do pão velho e duro que o mendigo rejeitou jogando pelo viaduto.

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