quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ego.

          Parece que o vazio a mim quer possuir. Ultimamente a apostasia tem apresentado sequelas mais notórias, agravadas pelo tempo. Ando no meio termo das coisas, sentindo tremenda falta da graça que me foi concedida e que deixei para traz.
          Este estado, semelhante à inércia de bibelôs, me faz pensar nEle com frequência. É quase que um chamado. Um lamento como que o da mãe que sofre pelo filho perdido, ou do jovem que perdeu seu braço.
          Também fico a filosofar sobre o sentido da vida. Tenho muito claro, ao menos para mim e de forma que ninguém pode me convencer do contrário, que o sentido da vida é Ele, mas o que gera questionamentos é exatamente a minha inconstância para com Ele.
          Sinto-me cada vez mais distante. Embora Ele sempre me receba de braços abertos, a cada vez que me distancio fico mais constrangido a retornar.
          Qualquer idiota já teria a resposta para essa situação: não sair mais de perto dEle. Para que se distanciar de alguém que te faz bem e que se interessa por você?
          Talvez a duvida, talvez a falta de visão, talvez a falta de paciência ou perseverança...
          Fato é que sinto falta.
          Sentimento de saudades que me gera outro questionamento que corrói a alma: será que o que sinto em relação a distancia que tenho tomado dEle é semelhante ao morrer?
          Provavelmente sim. A final, Ele mesmo havia comentado isso.
          Outra certeza, então, é o fato que o pior de todas as coisas na vida do ser humano não é nenhum desses purgatórios citado pelos religiosos, nem o castigo eterno no lago de fogo, a chamada segunda morte, ou qualquer outro mau de maior ou menor proporção que esses poucos citados, senão a possibilidade, ou a concretização, da perpetua distância dEle.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A imagem e semelhança de Deus.

Engraçado ver como religiosos retratam as imagens de seus deuses como se fossem a reprodução e o conceito de tudo aquilo que eles próprios tem de imperfeito, mesmo pregando eles que seus deuses são perfeitos e poderosos.

Um exemplo prático são os quadros de alguns pintores cristãos que retratam o Deus dos judeus, o Deus adotado por muitos como o seu deus, criador de todas as coisas, onipresente e oniciênte, como um velhinho que fica sentado em uma nuvem... como que um aposentado que se assenta no portão de sua casa a olhar a rua, com a mais decadente aparência humana possível de se imaginar para um deus que tería criado todas as coisas.