segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Desapego na despedida.

As pessoas acham que minto quando falo que sou frio em relação a morte. Principalmente quando menciono aquilo que acredito (porque não sei o que acontecerá) que será minha reação no dia em que tiver que me despedir de minha mãe.
Amo minha mãe. A pesar de não valoriza-la como ela merece, eu a amo. Ela sabe disso.
Porem, admito que a muito tempo tenho buscado refletir sobre o assunto "perda", tanto no lado material como no lado sentimental, de maneira que eu esteja desapegado o suficiente para que, no momento em que ela ocorrer, eu não tenha dores.
Já chorei em velórios, já me entristeci em despedidas e já lamentei distancias, mas cada vez mais tenho para mim que, para se ter uma vida serena e proveitosa, é preciso não ter apego a nada, alem de reconhecer que, enquanto criaturas humanas, estamos sós cada um.

Gosto de ser frio de um modo geral. Não de coração, mas de postura e raciocínio.
Enquanto que com um coração quente eu possa estender a mão para aquele que humildemente precisa, com a cabeça calculista, eu posso distinguir o aproveitador, que pode mas não faz nada para mudar sua situação alem de pedir.

Essa postura também me ajuda a não ter remorsos de atitudes que eu voluntariamente tenha tomado e que tenham tido resultados desagradáveis. Ora, errar é humano, mas se não foi minha intenção de errar, por que ser condenado ou me auto-condenar? Muito diferente daquele que empunha uma arma e tira uma vida conscientemente, ou o que assalta o pai de família, na qual não tem nenhum dinheiro para o leite dos filhos, senão o que está com ele, com a finalidade de sustentar seu vício.

Procuro sempre treinar o desapego. Por isso, não me desminta ou questione se vier a me ouvir que não sinto tristezas na perda. Só saberei e saberás quando eu perder.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Olá!

Vejo que você tem visitado meu blog e digo que fico sinceramente lisonjeado.
Caso tenha um tempinho, deixe seus comentários nas postagens ou, simplesmente, marque uma das opções de classificação logo abaixo da postagem. Assim, poderei tentar filtrar, entre uma postagem e outra, eventuais baboseiras de minha parte.

Um abração e muito obrigado pela atenção.

sábado, 20 de novembro de 2010

Palavras.

Me incomoda não saber colocar as coisas. Me parece que as palavras não se encaixam e fico na duvida se me fiz entender.
Algumas vezes, eu mesmo não me entendo. E a sensação é horrível... Como que um suspiro engasgado ou um soprar de velas através de uma mascara cirúrgica.
Fico aqui, novamente, a invejar Quintana, que era muito bem articulado e se fazia entender com poucas palavras.
Invejo tanto quanto invejo os sabias que falam sem palavras, ou os meus gatos que nos mostram claramente que tem fome apenas roçando minhas pernas.

Ultimamente tudo tem sido muito chato e estou me convencendo que é justamente por falta de articulação verbal.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os outros.

Parece-me que o processo cognitivo de agregação dos sujeitos, no que diz respeito a relação parental, depois de muitos pormenores, tem apresentado novas perspectivas de êxito venturo.

Do concreto, somente o Superior tem ciência.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Você já fez ENEM?

Definitivamente não me inscrevo para outra avaliação como esta. A prova é muito chata, de uma leitura chata, de propósito chato.
Acho que (meio mundo nesse pais e eu concordamos) uma prova como essa ou como qualquer outra não é capaz de testar as habilidades realmente relevantes de cada cidadão, mas, ainda assim, acabei me arriscando em fazê-la. Na verdade, mais para mim mesmo. Estava precisando saber o quanto ando enferrujado em conhecimentos escolares e gerais.

Agora, se existe um ponto positivo nesse trabalho do governo, posso citar que achei interessante a possibilidade de se diplomar no ensino médio. Aconselhei meu irmão a arriscar, já que ele está a muito tempo buscando sua diplomação e não consegue por conta de duas matérias que considero bobas.
Bom, cada um sabe onde e como seu calo incomoda...

Vou aguardar o resultado. Quem sabe se eu poder tirar proveito disso?
No mais, desejo sorte ao pessoal humilde que vi em quantidade ir fazer prova. Espero que eles e eu possamos fazer alguma coisa por esse país gostoso, sofrido e solidário em que vivemos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Papo de homem.

Ontem, conversando com meus irmãos, surgiu um assunto sobre fidelidade. Acabei comentando o caso do cantor medíocre que declarou que, em sua opinião, a mulher deve ser fiel e recatada, enquanto o homem pode ser "galinha" a vontade.
Como já deveria ser esperado, mas me pegando de modo desprevenido, um de meus irmãos indagou:

-Mas não é assim que deve ser?

Certamente ele não lembrou de nossa mãe que lava e passa as cuecas de meu progenitor, apronta comida para ele e administra a casa, enquanto ele sai com as vagabundas conhecidas dele, sabe-se lá se com ou sem a devida "proteção" e correndo o risco de trazer algum tipo de enfermidade para dentro de casa.
Não sei se ele ainda tem "potencial" para atos infiéis, mas já chegou a trazer uma dessas vadias em casa e na presença de minha mãe.
Depois da dita pergunta de meu irmão, me calei. A final, para que eu iria mencionar o exemplo de meu progenitor se é exatamente aquilo que ele orgulhosamente ensinou e que eles seguem a risca?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ando carente.

E me sentindo um pouco "incapaz", vou escrever histórias de super-heróis para aplacar minhas decepções com contos fantasiosos baseados em meus sentimentos.