quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Que os bons ventos me levem.

Eu sempre sou muito lento em tomar atitudes quando se trata de minha vida, mas tenho andado com uma ideia fixa sobre meu futuro profissional que tem me incomodado por demais.
De certa forma, tem gerado em mim uma inquietude e uma mobilização que frustra.
Talvez por conta de ser um projeto a longo prazo, coisa que não é tão ruim se for levar em conta que, como disse, minhas atitudes são lentas para isso, mas que me deixe empolgado pela qualidade e pela referencia que este tem em minha vida.
Já perdi muito tempo, porem sei que, para se construir coisas, deve-se produzir estruturas solidas e bases concretas para que essas coisas tenham sustento.
Apenas não quero mais ficar parado esperando o vento soprar a vela de meu barco se tenho remos nas mãos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Gente chata...

Hoje decidi desabafar sobre as coisas que me incomodam nas pessoas de um modo bastante generalizado. Já refletia sobre o assunto há muito tempo e achei o momento propício para reclamar do meu próximo sem medo de ser feliz.
O tema da vez é "gente chata".
Definitivamente estamos cercados dela.
É o vizinho que leva suas festas e confraternizações noite a dentro com som alto, é o religioso que te tira da cama com as revistinhas de sugestivos nomes "Alerta" e "Despertai", é o colega de trabalho que não se manca que você não tem "bagos" para determinado assunto, ou ainda o colega de classe que se sente o próprio professor quando você questiona qualquer coisa a qualquer pessoa que não seja ele, mas ele insiste em adentrar na conversa para mostrar seu conhecimento ralo sobre qualquer coisa.

Talvez o termo mais educado de se usar, embora meio que de tom discriminativo, seja "pessoas incompatíveis socialmente", mas gente chata resume muito bem a maioria justamente pela característica falta de coerência em relação ao que você NÃO ESTÁ QUERENDO naquele momento X.

Na minha rotina, dos tipos da qual eu aparentemente atraio, o mais complicado é o gordinho do ônibus. Em grande parte de minhas viagens casa-trabalho-casa, acabo tendo que aturar um gordinho que se esparrama do meu lado me deixando completamente exprimido entre ele e a janela do ônibus. Se tem um gordinho sentado em um assento comum, não costumo me sentar ao lado, mas eles sempre procuram o assento na qual eu esteja ocupando me fazendo pensar que existe uma teoria de conspiração contra mim.
Outro caso chato é o do vizinho pidão. Parece que este nunca compra mantimentos para casa, fazendo com que esteja sempre batendo em sua porta para pedir qualquer coisa.
Mais uma vez eu procuro não dar motivos. Sou do tipo de pessoa que não gosta de pedir para não ficar devendo favores, mas eles sempre estão "encostados" querendo saber se você não pode "quebrar um galho".
O vizinho bararqueiro também é polêmico. Ainda que "não sobre" para você o fato por ele discutido, é horrendo ouvir da sua casa as discussão entre ele e outros.

O metamorfo barraqueiro-pidão também acontece em alguns casos, mas já vejo com menos frequência.

Os chatos que são mais difíceis de se encarar são os com o qual você tem vínculo afetivo ou familiar. Quando aquele primo solitário resolve abrir a boca para falar de "N" assuntos em que ele acha que entende é o caos. Você fica tão sem assunto que só lhe resta os "ahã"s e os "poxa, bacana".

Em épocas de escola, os piores momentos de minha vida foram provocados pelo chato em evolução chamado "bambambam da classe". Era o que colocava apelidos, falava alto, debochava de seus defeitos e, por culpa do péssimo sistema de aproveitamento nas escolas do Rio naquela época, estaria com você na mesma turma no ano seguinte.

Dá para qualificar o chato infinitamente. Todo mundo tem em alguém um chato em potencial. É o fumante, o bebado, o teimoso, o chereta, o estrovertido, o provocador, o sabichão, o bobalhão, o incoerente... Redundante esse último. Todo chato é incoerente.

Cuido eu para não passar dos limites que me fazem ser tolerado, até mesmo procurando tolerar, mas tem sido um trabalho duro.

sábado, 16 de outubro de 2010

Misturando idéias.

Honestamente, se você acha que alguém se importa contigo, engana-se profundamente.
Recomendo que se faça o máximo possível pelos outros, mas sem expectativa de retorno. De todas as pessoas que passaram pela minha vida, em uma quantidade infinitamente pequena pude ver um sentimento "desinteressado".
Isso além do egoísmo.
Teve um, outro dia... me falou que após ter iniciado em uma analista descobriu o que já era óbvio para mim a muito tempo: estamos, cada um de nós, sós no mundo.
Fica ai você, refletindo sobre suas decepções com as pessoas, pensando naquela frase que ela havia dito... como era mesmo a frase?... um tal de "estou vivendo um momento diferente do seu na vida", ou "vamos nos distanciar para eu saber se sinto saudades de você".
Ela nunca te mereceu.


Ao final ela rodará e rodará e perceberá que a busca que fazia consumiu tanto tempo de sua vida que perdera a beleza e já não tem quem, ao menos, se acostume com o estado decadente que ela virá a se encontrar como aquele que, hipoteticamente,  envelheceria com ela.

Também você sabe exatamente como viver apenas para si sempre sem olhar para os lados. Funciona como se o tempo fosse todo seu. Como se não precisasse dividir esse tempo com ninguém. Mesmo que lhe sobre tempo.
Realmente, dentro de sua cabeça, nunca sobra.
Talvez seja verdade.
Acumuladas tantas responsabilidades na qual, talvez, algumas totalmente desnecessárias, vê-se que não da para viver mais nada.

Ainda insisto para mim mesmo que vale a pena fazer por alguém se você não tem interesse em retorno deste.
Porem vou passar a fazer mais por mim mesmo.
Sem duvidas, se eu fizer por mim, eu terei de mim o retorno.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Toy store.

Por que só me apercebo do ato débil após este deixar lânguida e frouxa minha cabeça?

Agora vou ter de dormir, por um bom tempo, com mais um pesar de idiotice acometida.

Antes tivesse dado conta que minhas futilidades me bastam e apenas a mim.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os eus.

Fico matutando comigo mesmo sobre meu comportamento no dia-a-dia. Em meio as frustrações de minha atual fase, percebo que, embora exista um sentimento permanente... um estado de espírito constante em relação ao modo como tenho me sentido, estou sempre com um semblante diferente para diferentes situações e questões ao longo do dia e com as variadas pessoas que fazem parte da minha vida.
Um exemplo muito forte disso é que, mesmo chateado, consigo me adaptar a um momento e expressar algum tipo de seriedade, descontração, tristeza, inquietude, ou qualquer outro tipo de comportamento conforme a questão exposta.

Não é um comportamento que ache ideal. Basicamente eu dissimulo aquele comportamento. Embora em alguns casos, como no meio proficional em que não acho legal expor certos sentimentos, eu o faça sem culpa, se por algum instante eu paro para refletir esse comportamento, me vejo um idiota e um mau-caráter.

Algumas pessoas conseguem me fazer quebrar esse "rítimo comportamental", a exemplo da atual ex coordenadora do departamento onde presto serviço. Ela consegue me deixar raivoso e oprimido de maneira que eu não consigo disfarçar.
Também já me peguei "forçando" um comportamento para evitar expor alguém. Alias, essa foi a maior agressão de mim para mim que já pude gerar. Ao final dos dias em que isso ocorreu, me senti um retardado. Mais ainda porque qualquer um pôde ver que me comportei de maneira ridícula.

Mas olhando como um todo, fico imaginando se toda essa confusão que se gera no meu intimo não é retrato de alguém que realmente vive dividido em vários "eus". Até mesmo porque, diversas vezes, eu acabei conseguindo convencer a mim mesmo de que aquele era eu. O meu verdadeiro "eu", diga-se de passagem, anda meio perdido. Meio entorpecido, talvez, por conta de algumas mágoas passadas.
Como que um coração calejado que tem, por debaixo de tanta couraça de pele mortificada e calcificada, carnes ainda tenras e regadas de sangue quente.

Este "eu" oculto já esteve a vista.
Se ainda me lembro, ele é muito simples, desapegado, gosta da verdade, a pesar de teme-la volta e meia, tem uma voz mansa não dissimulada, é prestativo, é sofredor para com os causos de terceiros e detesta até mesmo pensar em tirar proveito de alguem, alguma coisa ou alguma situação.
Não era uma pessoa perfeita em minhas memórias, mas sabia admitir seus erros.

Deveras os outros "eus" estão a vista. Cada um grita por si querendo um a um escapar de meu corpo mundo a fora, mas tenho um profuso desejo de tornar a ser aquele que tem a serenidade e alegria doadas pelo Criador.