segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Gente chata...

Hoje decidi desabafar sobre as coisas que me incomodam nas pessoas de um modo bastante generalizado. Já refletia sobre o assunto há muito tempo e achei o momento propício para reclamar do meu próximo sem medo de ser feliz.
O tema da vez é "gente chata".
Definitivamente estamos cercados dela.
É o vizinho que leva suas festas e confraternizações noite a dentro com som alto, é o religioso que te tira da cama com as revistinhas de sugestivos nomes "Alerta" e "Despertai", é o colega de trabalho que não se manca que você não tem "bagos" para determinado assunto, ou ainda o colega de classe que se sente o próprio professor quando você questiona qualquer coisa a qualquer pessoa que não seja ele, mas ele insiste em adentrar na conversa para mostrar seu conhecimento ralo sobre qualquer coisa.

Talvez o termo mais educado de se usar, embora meio que de tom discriminativo, seja "pessoas incompatíveis socialmente", mas gente chata resume muito bem a maioria justamente pela característica falta de coerência em relação ao que você NÃO ESTÁ QUERENDO naquele momento X.

Na minha rotina, dos tipos da qual eu aparentemente atraio, o mais complicado é o gordinho do ônibus. Em grande parte de minhas viagens casa-trabalho-casa, acabo tendo que aturar um gordinho que se esparrama do meu lado me deixando completamente exprimido entre ele e a janela do ônibus. Se tem um gordinho sentado em um assento comum, não costumo me sentar ao lado, mas eles sempre procuram o assento na qual eu esteja ocupando me fazendo pensar que existe uma teoria de conspiração contra mim.
Outro caso chato é o do vizinho pidão. Parece que este nunca compra mantimentos para casa, fazendo com que esteja sempre batendo em sua porta para pedir qualquer coisa.
Mais uma vez eu procuro não dar motivos. Sou do tipo de pessoa que não gosta de pedir para não ficar devendo favores, mas eles sempre estão "encostados" querendo saber se você não pode "quebrar um galho".
O vizinho bararqueiro também é polêmico. Ainda que "não sobre" para você o fato por ele discutido, é horrendo ouvir da sua casa as discussão entre ele e outros.

O metamorfo barraqueiro-pidão também acontece em alguns casos, mas já vejo com menos frequência.

Os chatos que são mais difíceis de se encarar são os com o qual você tem vínculo afetivo ou familiar. Quando aquele primo solitário resolve abrir a boca para falar de "N" assuntos em que ele acha que entende é o caos. Você fica tão sem assunto que só lhe resta os "ahã"s e os "poxa, bacana".

Em épocas de escola, os piores momentos de minha vida foram provocados pelo chato em evolução chamado "bambambam da classe". Era o que colocava apelidos, falava alto, debochava de seus defeitos e, por culpa do péssimo sistema de aproveitamento nas escolas do Rio naquela época, estaria com você na mesma turma no ano seguinte.

Dá para qualificar o chato infinitamente. Todo mundo tem em alguém um chato em potencial. É o fumante, o bebado, o teimoso, o chereta, o estrovertido, o provocador, o sabichão, o bobalhão, o incoerente... Redundante esse último. Todo chato é incoerente.

Cuido eu para não passar dos limites que me fazem ser tolerado, até mesmo procurando tolerar, mas tem sido um trabalho duro.

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