Talvez eu tenha realmente reclamado da vida mais do que deveria. A final, tenho saúde para trabalhar, estou empregado e posso deitar a cabeça em meu travesseiro a noite e dormir sem quase nenhuma preocupação.
Porem, eu tenho preocupações. Preocupações e questionamentos sobre a vida. E, ainda, questionamentos que me trazem preocupações. Grande exemplo de um momento filosofante em que matutava sobre cegueira: após ser destratado por um velhinho que mostrava aparente saúde física para a idade que tinha, mas terrível saúde intelectual (provavelmente um problema congênito e educacional), subiu no ônibus em que eu estava, um cego. Havia lugares para o velhinho no momento em que ele subiu no ônibus, mas o cego já embarcara com o ônibus lotado.
Embora com um tremendo ódio do fato da lei privilegiar "idosos e deficientes" nesses casos (ora, nem todo deficiente precisa ser tratado como incapaz ou como alguem de extrema necessidade de atenção), para o caso do cego, eu cedi o lugar e tive o cuidado de perguntar onde ele saltaria e se precisaria de alguma ajuda para isso. Educadamente ele dispensou a ajuda alegando que já estava acostumado com o trajeto.
Moral da história: Tem muita gente que tem um par de olhos saudáveis e que não enxerga nada, enquanto deficientes visuais vão alem da visão mortal.
Isso não seria motivo para preocupação?
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