terça-feira, 27 de julho de 2010

Só.

Este final de semana que se passou, estive só em casa. Talvez já tenha comentado quanto ao meu desagrado de estar só ou de vir a estar só, mas especificamente este final de semana, fora o tédio, pude perceber que não é uma coisa tão desagradável assim.

Não fiz muitas coisas. Basicamente aproveitei o ócio. Bacana poder estar só sem ter de dar atenção a alguém ou escutar incomodas coisas que não são necessariamente direcionadas a você, mas estressam volta e meia. Também me agradou ter um dia todo para fazer o que eu queria ou deveria, mas apenas no meu tempo. No tempo de minha vontade.

Talvez meu desejo de viver só tenha raízes em pequenas coisas como poder limpar quando der na telha, encontrar um objeto exatamente no lugar onde deixei minutos antes, lavar quando der vontade, comer quando der na telha...

Me pergunto o por que das coisas não poderem ficar algum tempo largadas fora do lugar que foi determinado para elas. O por que de tantas regras dentro de um ambiente de quatro paredes que deveria ser confortável.

Me pergunto para que tanta regra se Deus criou as coisas a partir do caos. Alias, que caos? Pensando direitinho, nem ele existia! Não existia nada! Nem o "nada"! Logo, penso eu, que Deus criou também o caos e o nada para por como plano de fundo da obra de suas mãos. Obra esta que, em cada passo, a um tudo qualificou como bom.

Na verdade, isso é para quem acredita em Deus. Eu creio e ponho fé nisso, mas fique a vontade para interpretar como quiser.

Não sou avesso a ordem, mas já saturei da ordem dos outros. Um homem que passa dos 18 anos e ainda vive na casa dos pais tem lá seus problemas com isso, como estou tendo...

Após esse gostinho de solidão e privacidade que a muito não tinha, fiquei com desejos ainda maiores de conquistar um patrimônio.

Tristemente será a fortaleza da solitude.

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